Dia Internacional da Mulher: 8 de Março
O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU)em 1975. A data simboliza a luta das mulheres por igualdade e contra preconceitos, no sentido de elas equipararem-se aos homens em todos os setores da sociedade. Inicialmente, a data lembrava os embates por justiça salarial. Hoje simboliza a batalha das mulheres contra o machismo, a violência, o feminicídio, a discriminaçãoe também contraa desigualdade salarial.
A Justiça Eleitoral está empenhada no sentido de que mais mulheres participem da vida política brasileira e ocupem cada vez mais cargos públicos. As mulheres só adquiriram o direito de votar com a criação do Código Eleitoral de 1932. De lá até hoje, a luta por igualdade é imensa. O Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) desenvolve campanhas nesse sentido. Uma delas é o Repositório on-line de cadastro de dados de mulheres juristas. Com mais mulheres na política, aposta-se num Brasil melhor.
As mulheres são maioria entre os 150 milhões de eleitores, somando 53%. No entanto, são minoria nos cargos de representação. Nos últimos 195 anos, a Câmara dos Deputados por exemplo, teve 7.333 deputados, incluindo suplentes. Apesar de conquistarem o direito de serem eleitas em 1933, as mulheres ocuparam somente 266 cadeiras nestes quase 90 anos. (https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2021/Julho/acoes-do-tse-incentivam-maior-participacao-feminina-na-politica)
História
O Dia Internacional da Mulher surgiu de manifestações, greves, comitês etc. Manifestação política, ao longo do século XX. 8 de março como é momento de reflexão. A primeira história, da qual eclodiu a criação desse dia: em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas em incêndio de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York. Supostamente, teria sido causado pelo proprietário da fábrica: repressão exagerada às greves das operárias. Outra história relata o incêndio que ocorreu em Nova York, em 25 de março de 1911, na Triangle Shirtwaist Company, com 146 vítimas mortas, 125 mulheres e 21 homens, a maioria dos mortos eram judeus. É dos marcos para a criação do Dia das Mulheres. Péssimasinstalaçõeselétricas associadas à composiçãodosolo e das repartições da fábrica e, também, à grande quantidade de tecido no recinto: tudo isso contribuiu para o incêndio . Além disso, alguns proprietários de fábricas trancavam os funcionários durante o expediente para forma conter motins e greves. Quando a Triangle pegou fogo, as portas estavam fechadas.
Em 1910, em Copenhague, ocorreu o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, apoiado pela Internacional Comunista. Nesse evento, Clara Zetkin, membro do Partido Comunista Alemão, propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem estipular a data. Clara Zetkin participava de campanhas que defendiam o direito das mulheres no âmbito trabalhista. O incêndio de 1911 seria sugerido, nos EUA, como dia simbólico das mulheres (tal como sugerido por Clara Zetkin). Os movimentos queriam melhoras das condições de trabalho nas fábricas e a concessão de direitos trabalhistas e eleitorais (entre outros) para as mulheres.
Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde meados do século XIX. O movimento feminista e as demais associações de mulheres capitalizaram essas manifestações, de modo a enquadrá-las, por vezes, à agenda revolucionária. Foi o que aconteceu em 08 de março de 1917, na Rússia.
Em 1917, na Rússia, foi derrubada a monarquia czarista. Nesse clima revolucionário, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve, no dia 8 de março, e reivindicaram a ajuda dos operários do setor metalúrgico. Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução Bolchevique.
Após a Segunda Guerra Mundial, o dia 08 de março tornou-se o símbolo maior de homenagens às mulheres (por conta da greve das russas). Também foi associado ao mês de março, a partir de então, o evento do incêndio em Nova York, ocorrido no dia 25.