Outubro Rosa: combate ao câncer de mama
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres
Neste Outubro Rosa 2021, o objetivo é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas em mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta: as maiores ocorrem nos países desenvolvidos.
Para o Brasil, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres, ocupando a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil
Possíveis sinais e sintomas:
alterações no tamanho ou forma da mama;
nódulo único e endurecido;
vermelhidão, inchaço, calor ou dor na pele da mama, mesmo sem a presença de nódulo;
nódulo ou caroço, que está sempre presente na mama e que não diminui de tamanho;
sensação de massa ou nódulo em uma das mamas;
sensação de nódulo aumentado na axila;
espessamento ou retração da pele ou do mamilo;
secreção sanguinolenta ou aquosa nos mamilos;
assimetria entre as duas mamas;
presença de um sulco na mama, como se fosse um afundamento de uma parte da mama;
endurecimento da pele da mama, semelhante à casca de laranja;
coceira frequente na mama ou no mamilo;
formação de crostas ou feridas na pele junto ao mamilo;
inversão do mamilo;
inchaço do braço;
dor na mama ou no mamilo.
Essas anormalidades podem aparecer de forma isolada ou simultânea. É importante lembrar que esses sinais nem sempre indicam a presença de câncer, é necessário consultar um médico para ter o correto diagnóstico.
Apesar dos dados alarmantes, a ocorrência de câncer de mama é relativamente rara antes dos 35 anos e nem todo tumor é maligno – a maioria dos nódulos detectados na mama é benigna. Além disso, quando diagnosticado e tratado na fase inicial da doença, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%.
É importante que as mulheres conheçam seu corpo, que visitem o(a) ginecologista anualmente, que façam os exames solicitados e que, em caso de qualquer alteração, procurem um médico.
Fatores de risco
Não há causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.
Os principais fatores são:
Comportamentais/ambientais:
obesidade e sobrepeso, após a menopausa;
atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana);
consumo de bebida alcoólica;
exposição frequente a radiações ionizantes (Raio-X, tomografia computadorizada, mamografia etc);
história de tratamento prévio com radioterapia no tórax.
Aspectos da vida reprodutiva/hormonais:
primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos;
não ter filhos;
primeira gravidez após os 30 anos;
parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente, por mais de cinco anos.
Hereditários/genéticos
histórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em mulheres, principalmente, antes dos 50 anos e caso de câncer de mama em homem;
alteração genética, especialmente, nos genes BRCA1 e BRCA2.
A mulher, com esses fatores genéticos, tem risco elevado de câncer de mama.
Como se prevenir do câncer de mama:
Infelizmente, a medicina ainda não evoluiu a ponto de termos uma solução única para a prevenção do câncer de mama, pois alguns fatores de risco não são passíveis de serem controlados, como a questão genética. Mas podemos adotar medidas preventivas – alguns hábitos podem diminuir pela metade as chances de desenvolver a doença.
Dicas de hábitos ideais para uma rotina saudável:
alimente-se bem e não fique muito tempo sem comer, sempre priorizando os alimentos naturais e evitando os alimentos industrializados;
evite o excesso de gorduras e carboidratos simples, como açúcar adicionado aos alimentos, doces, sucos de caixinha ou saquinho, refrigerantes, pão branco, macarrão, sempre preferindo as opções integrais;
procure ingerir proteínas de boa qualidade, principalmente, frutas, legumes e verduras por serem fontes de vitaminas e minerais essenciais e ricas em fibras, que ajudam na saciedade e no funcionamento adequado do intestino;
pratique exercícios físicos durante a semana. O ideal são 150 minutos de atividades físicas moderadas ou 75 minutos de atividades vigorosas divididas pelos dias da semana;
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planeje o seu dia alimentar e tente segui-lo.
A partir de quantos anos fazer a mamografia?
É o ponto mais polêmico! Alguns autores recomendam pedi-la dos 40 anos de idade em diante para todas as mulheres, anualmente. Tal postura é apoiada pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Já o governo dos Estados Unidos sugere começar aos 45 anos. E o Instituto Nacional de Câncer (Inca) recomenda o rastreamento somente entre os 50 e os 69 anos, com mamografias a cada dois anos caso não haja alteração. Diante dessas controvérsias, o ideal é conversar com o profissional para que, a partir da história familiar do paciente e de outras características pessoais, seja traçada a estratégia de melhor rastreamento. Previna-se!
- Fontes: Blog da Saúde
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)