Confira o resultado da pesquisa de opinião sobre desinformação nas eleições
A pesquisa é fruto da parceria entre o TRE-SE e a UFS
Fruto da parceria entre o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS), a Justiça Eleitoral torna público o resultado da pesquisa de opinião sobre desinformação (fake news), realizada junto aos cidadãos sergipanos.
O relatório final foi apresentado, na última quinta-feira (6), ao juiz Marcos de Oliveira Pinto, membro do TRE-SE, diretor da Escola Judiciária Eleitoral (EJESE) e presidente do Comitê de Combate à Desinformação e à coordenadora da EJESE, Lídia Cunha Mendes Matos. O professor do Departamento de Comunicação Social da UFS, Dr. Claudomilson Braga, que elaborou o projeto em parceria com a professora Dra. Patrícia Horta, teceu comentários sobre as análises contidas nas 29 páginas do estudo.
Com um percentual de 0,25 da população, a amostra foi constituída de 535 questionários válidos. A margem de erro é de 3% para mais e para menos. A coleta teve um intervalo de confiança (IC) de 95%, isso significa que a chance de as respostas representarem a realidade se aproxima de 95%.
O relatório aponta explicações quanto à tendência referente ao comportamento dos eleitores sergipanos. Os entrevistados afirmaram que, em 92,1% dos casos, ao receberem uma notícia de cujo conteúdo desconfiam ser falso, fazem algum tipo de conferência antes de compartilhar. Quando perguntados se, ao desconfiarem da veracidade da notícia, buscam identificar a origem, esse percentual cai para 83,7%.
Mais de 90% dos entrevistados responderam acreditar que as pessoas não conferem a informação em se tratando de fake news. “Aqui a pressão social se estabelece, ou seja, quando perguntado se, de modo individual, particular, confere-se a fonte para poder desmentir uma notícia falsa, o percentual foi superior a 80%. Entretanto, quando perguntado se o outro confere a resposta, foi inversamente proporcional. Ou seja, externaram a percepção de que o percentual dos que conferem a informação não ultrapassa 10%. Em outros termos, há um imaginário coletivo de que o problema das fake news é sempre do outro”, explicou o professor.
Segundo o professor Claudomilson “a noção de fake news está muito naturalizada, como se fizesse parte do dia a dia. É possível traçar uma analogia com a nossa percepção sobre a violência urbana, a qual somos obrigados a conviver como se fosse algo normal, mas não o é!” O professor apresentou sugestões para a Assessoria de Comunicação do TRE-SE relacionadas, notadamente, à publicidade segmentada nas redes sociais.
Clique no link a seguir para baixar o resultado da pesquisa de opinião e as conclusões apresentadas pelos professores doutores da UFS. Pesquisa de Opinião
Audiodescrição: a fotografia apresenta pessoas sentadas em cadeiras de uma mesa de reunião: dois homens e uma mulher. Nela, estão alguns papéis distribuídos à frente de cada um e um celular sobre um dos papéis.