Dia internacional da Síndrome de Down
TRE-SE entrevista 3 jovens eleitores com Down: vídeo está disponível no YouTube
O Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março, é uma data de conscientização global que celebra a vida das pessoas com a síndrome no sentido de garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que as outras. A data é oficialmente reconhecida pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) desde 2012. A data escolhida representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo causadorda síndrome.
Com o objetivo de evidenciar a data e de mostrar que as pessoas com Down podem e devem participar do processo democrático, o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) convidou três jovens eleitores com a Síndrome para falar sobre a experiência e a expectativa deles em relação ao voto e às eleições. A equipe da Assessoria de Comunicação do TRE-SE entrevistou os jovens. E o resultado desta conversa está publicado no canal do Tribunal no YouTube.
Felipede Carvalho, de 34 anos, já participou de três eleições. O pai dele o acompanha até a cabine de votação, e, lá, o jovem digita seu voto na urna eletrônica. Felipe é praticante de esportes e tem excelente coordenação motora. Carlos Henrique, de 18 anos, está ansioso para votar pela primeira vez. Ele fez questão de enfatizar que é o responsável pela escolha de seus candidatos. Natália Magalhães Moura, de 17 anos, que também participará pela primeira vez de uma eleição,contou sobre a motivação de votar. Assista ao vídeo e confira a íntegra da entrevista.
Sobre a Síndrome de Down
A Síndrome de Down (SD) é uma alteração genética presente na espécie humana desde a origem. Foi descrita há 150 anos, quando John Langdon Down, em 1866, se referiu a ela pela primeira vez como um quadro clínico com identidade própria. Desde então, tem-se avançado no conhecimento em relação à síndrome.E ainda existam mecanismos íntimos a descobrir. Em 1958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram a origem cromossômica da síndrome, que passou a ser considerada genética.
Estima-se que no Brasil ocorra 1 em cada 700 nascimentos, o que totaliza em torno de 270 mil pessoas com Síndrome de Down. No mundo, a incidência estimada é de 1 em 1 mil nascidos vivos. É necessário destacar que a SD não é uma doença, e sim uma condição genética inerente à pessoa, porém, está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança.
Entendendo a trissomia
Em cada célula do indivíduo, existe um total de 46 cromossomos, divididos em 23 pares. A Síndrome de Down é gerada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo (trissomia). Isso ocorre no momento da concepção de uma criança. As pessoas com trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.
Entre as características físicas associadas à trissomia do 21, estão olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças e hipotonia muscular. Em geral, as crianças com Síndrome de Down são menores em tamanho e seu desenvolvimento físico, mental e intelectual pode ser mais lento do que o de outras crianças da sua idade.
É essencial que bebês e crianças com Síndrome de Down sejam acompanhadas desde cedo com exames diversos para diagnosticar o quanto antes quaisquer anormalidades cardiovasculares, gastrointestinais, endócrinas, auditivas e visuais. Muitas vezes, o tratamento precoce pode até impedir que esses problemas cheguem a afetar a saúde do indivíduo.
Crianças com síndrome de Down precisam ser estimuladas desde o nascimento para que sejam capazes de vencer as limitações que essa alteração genética lhes impõe. Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem, exigem assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais. O objetivo deve ser sempre habilitá-las para o convívio e a participação social.
Fonte: com informações retiradas do site do Ministério da Saúde