Confira os resultados do 2º Censo do Poder Judiciário!
O seminário de divulgação dos resultados aconteceu na última quinta (26), e está disponível no YouTube
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou os resultados do Censo do Poder Judiciário, revelando informações sobre a realidade e as percepções de magistradas(os), servidoras(es) e pesquisadoras(es) envolvidas(os) na pesquisa empírica aplicada às políticas judiciárias.
O Censo, seguindo os parâmetros da Resolução CNJ n. 462/2022, é um marco na busca por uma compreensão mais profunda do Poder Judiciário e de seus desafios, e destaca-se por permitir que o conhecimento acadêmico e científico seja aplicado diretamente por aqueles que estão na linha de frente da prestação jurisdicional.
O seminário de divulgação do resultado foi organizado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) e teve como público-alvo integrantes dos Grupos de Pesquisas Judiciárias (GPJs). A programação do evento contou com uma apresentação da juíza auxiliar da presidência do CNJ, Ana Aguiar, e um painel de discussões sobre os resultados do Censo do Poder Judiciário, com a participação de Gabriela Soares, diretora executiva do DPJ/CNJ, Olivia Pessoa e Danielly Queiros, ambas pesquisadoras do DPJ/CNJ.
Sobre os resultados
O Censo obteve participação de 92.685 mil pessoas, correspondendo a 32,01% do público-alvo. Desse número, 31,4% eram servidores e servidoras, e 40,51% eram magistradas(os). O processo de coleta de dados ocorreu de 15/4 a 30/6, com reabertura de 25/8 a 22/9.
Os resultados revelaram uma diversidade de dados relacionados ao sexo, gênero, orientação sexual e etnia dos participantes. Entre as(os) magistradas(os), 59,3% eram do sexo masculino e 40,3% do sexo feminino, enquanto 45,1% dos servidores eram do sexo masculino e 54,7% do sexo feminino.
A maioria – 96,3% das(os) magistradas(os) e 95,8% das(os) servidoras(es) – identificou-se como cisgênero, ou seja, com o mesmo sexo biológico com o qual nasceram. Em relação à orientação sexual, 94,9% das(os) magistradas(os) e 93,3% das(os) servidoras(es) declararam-se heterossexuais.
Outros desafios abordados pelos resultados incluem a conciliação entre a atividade profissional e o cuidado com o bem-estar físico e mental. A maioria das(os) magistradas(os) discordou da adequação da atividade profissional nesse sentido, com maior discordância na Justiça do Trabalho (76,7%) e na Justiça Estadual (63,6%). Entre as(os) servidoras(es), a maioria concordou com essa afirmação – com as(os) servidoras(es) da Justiça Eleitoral expressando a maior concordância (86,6%).
Além disso, os resultados indicam que 71,5% das(os) magistradas(os) e 44,9% das(os) servidoras(es) consideram seus vencimentos inadequados em relação às atividades que realizam, com algumas variações entre os segmentos de justiça.
O evento foi transmitido via Plataforma Webex com transmissão ao vivo pelo canal do CNJ no YouTube. Para saber mais resultados obtidos pela pesquisa, confira a transmissão: como fazer pesquisas empíricas aplicadas a políticas judiciárias.